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Artigo: A Criança pelos olhos do Educador Montessori

A Criança pelos olhos do Educador Montessori
2anos

A Criança pelos olhos do Educador Montessori

Por vezes, é difícil compreender e gerir o comportamentos dos bebés. Com base na abordagem Montessori (desenvolvida através da observação do comportamento de crianças) vamos explorar o que é fundamental sabermos sobre as crianças entre o 1 e os 3 anos, para ajudar no seu desenvolvimento de forma integral.

Entre os 18 meses e os 3 anos, os bebés passam pela “crise de auto afirmação”, uma fase em que se apercebem do seu papel no mundo e em que começam a desejar mais autonomia. É aqui que começam a dizer “não” , a fazer birras, a desafiar os pais e a utilizar o pronome pessoal “eu”. Esta fase em direção à independência não é fácil,  e é importante manter a calma e aceitar que nuns dias irão recusar-se a fazer qualquer tarefa, noutros dias irão querer fazer tudo sozinhos e noutros não nos irão largar.

Tal como um animal não gosta de estar numa jaula, os nossos bebés não gostam de estar quietos, sendo que precisam e gostam de se mexer.  Assim que se põem de pé, passam a trepar e andar, assim que andam querem correr e mudar objectos de um sítio para o outro, ou seja, querem dominar o movimento. Este desejo de se desafiarem a si mesmos ao nivel extremo chama-se esforço máximo e verifica-se quando carregam objectos grandes ou movimentam mobília pesada.

A abordagem Montessori defende que devemos aceitar o facto de que os bebés necessitam de explorar e descobrir o mundo que os rodeia. Devemos preparar-nos para oferecer-lhes espaços em que possam explorar em segurança, envolvendo-os no nosso quotidiano para que descubram os 5 sentidos. É importante que deixemos que usufruam do exterior sem preocupações, deixando-os serem livres e sujar-se, saltar nas poças da chuva, andar descalços na relva ou até a mexer na terra.

É também fundamental dar liberdade e limites aos nossos bebés. A liberdade cria curiosidade, vontade de descobrir que lhes da uma sensação de autocontrolo, ajudando-os a crescer. Ao mesmo tempo, os limites dão-lhes segurança, sentido de responsabilidade e respeito para com os outros. Para além disto, os limites são uma ferramenta que ajuda os adultos a evitar birras e a transgressão dos limites. Assim, a liberdade e os limites funcionam em conjunto, evitando a condescendência e o autoritarismo,  criando pais que são líderes calmos.

Os bebés também gostam de consistência e ordem. Para eles, a mesma rotina e as mesmas regras todos os dias ajudam-nos a perceber o mundo e dão-lhes a segurança de saber o que esperar.  Por exemplo, quando os limites não são consistentes, os bebés testam-nos para ver quão longe conseguem chegar e, se descobrirem que fazer birras resulta, irão repeti-las vezes sem conta até cedermos, algo chamado de reforço intermitente. Este reforço não deve ser ocasional, mas sim ser reforçado todas as vezes que ocorre, de forma a não alimentar este tipo de comportamento.

Ao mesmo tempo, é natural que, por vezes, não consigamos providenciar a mesma coisa todos os dias. Em vez disso, conseguimos antecipar as situações em que os nossos filhos irão precisar de um suporte adicional. Compreender estes comportamentos irá dar-nos uma nova perspectiva sobre a birra e irá orientar-nos para procurar outro tipo de soluções. Se interiorizarmos que as birras não são uma provocação, e que os bebés estão em sofrimento, poderemos oferecer-lhes ajuda para encontrar uma solução, sendo solidários. 

Devemos compreender que os bebés são impulsivos e que, por isso, precisamos de ser pacientes e de guiá-los quando fazem algo errado. Isto acontece porque o seu cortex pré-frontal ainda se encontra em desenvolvimento. Esta área do cerébro é responsável por funções como autocontrolo, resolução de problemas, raciocínio e memória de trabalho e apenas estará desenvolvida na totalidade aos 25 anos. Juntamente, devemos ser mais pacientes e dar mais tempo aos bebés para processar as informações que lhes transmitimos. Em vez de repetirmos vezes sem conta o mesmo pedido ou ordem devemos dar-lhes tempo para perceber, responder e agir.

A comunicação é fundamental para os bebés. As nossas crianças comunicam connosco de diversas formas, quer seja através de murmúrios, balbucios, ou fala. Devemos mostrar entusiasmo e interagir com elas, interessando-nos nas perguntas, respostas ou sons. Desta forma, iremos contribuir para a formação de um vocabulário rico e ensinar-lhes como comunicar e expressar as emoções. 

children washing dishes

O domínio de capacidades é algo que os bebés adoram. São atraídos por tarefas difíceis que os desafiam, sem terem de desistir e trabalham nestas capacidades repetidamente até que as dominem na totalidade. 

Por último, os bebés gostam de sentir que fazem parte da família e, por isso, devemos incentivá-los a contribuir nas tarefas do dia-a-dia e a ajudar. Se baixarmos as nossas expectativas quanto ao resultado e aceitarmos que o trabalho não vai ficar tão bem feito, podemos ensinar-lhes as bases de aprendizagem enquanto crianças crescidas e adolescentes, ao mesmo tempo que promovemos a responsabilidade e lhes ensinamos que todos devemos contribuir no seio familiar.

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