Artigo: TO SLEEP OR NOT TO SLEEP? CO-SLEEPING, IS THE ANSWER! Por Júlia Belard
TO SLEEP OR NOT TO SLEEP? CO-SLEEPING, IS THE ANSWER! Por Júlia Belard
CO-SLEEPING
Co-Sleeping – Sleeping next to someone you love makes you fall asleep faster, reduces depression, and helps you live longer.
Hoje, muitos estudos vêm confirmar as vantagens e benefícios que dormir com os nossos bebés pode trazer – o célebre «co-sleeping».
Ainda assim, desde o primeiro dia de vida dos pequeninos, ouvimos que não é seguro fazê-lo ou que, simplesmente, não é conveniente ou apropriado.
De facto, quando os bebés são muito pequenos o co-sleeping é desaconselhado. Lembro-me de perguntar na maternidade: não posso mesmo dormir com o Matias ao meu lado? Fica tão calmo quando está agarrado a mim. E eu também. Claro, responderam-me que não, que poderia ser perigoso. E, fizeram muito bem. Confesso que me sentia muito capaz e segura mas, ainda assim, preferi não correr quaisquer riscos.
Na verdade, sempre que pousava o Matias no berço ele chorava intensamente e, sempre que o encostava a mim, ele sossegava e dormia descansado e eu, mais descansada ficava. Assim, passaram-se meses e meses em que durante o dia o Matias adormecia e dormia no meu peito e, também muitas noites em branco – todas sabemos como funciona.
Depois de inúmeras tentativas (sem qualquer sucesso) em transformar o berço e a caminha de grades num lugar mágico e cativante e, assim que se tornou seguro dormir com o Matias perto de mim, decidi abraçar esta ideia e assumir que, para nós, isto funcionava. No berço ou na caminha de grades o Matias chorava muito, não conseguia adormecer sozinho e, acordava infindáveis vezes, o que me obrigava a levantar outras tantas.
São muitos os receios e anseios à volta deste tema. Numa primeira fase, a pertinente questão da segurança. Depois, a intimidade do casal e, finalmente, a própria independência e desenvolvimento saudável da criança. É evidente que, falo sobre aquela que foi a minha experiência e, sobre aquilo que resultou para nós considerando as nossas circunstâncias. Cada criança é diferente, os pais também são diferentes e até o próprio meio envolvente conta. Para nós, enquanto casal mas, sobretudo, enquanto família fez sentido assim. Na verdade, passámos a ser três. É claro que, isso não significa que tenhamos de ser sempre três em todas as circunstâncias, mas nesta situação fez sentido que assim fosse.
Como em tudo, há partes menos boas – os braços e pernas que durante a noite aterram na nossa cara ou aquele espaço minúsculo de cama em que acabamos a noite. Aceitamos que é uma fase. E sabemos que hoje, diversos especialistas consideram esta proximidade positiva – não só tranquilizando os pais, mas também, potenciando o crescimento saudável do bebé. Acabámos por alargar a nossa cama para que lá coubéssemos então os três.
É evidente que, muitas vezes, gostaria que o Matias adormecesse sozinho na sua cama e que lá passasse a noite toda a dormir sossegado como a maioria das crianças, mas sei que um dia, esta fase – como todas as outras – vai passar e, novos desafios surgirão.
Atenção, não venho de uma forma fundamentalista defender o co-sleeping, acho saudável e natural que as crianças tenham as suas próprias camas e até os seus quartinhos – o Matias também tem o dele que com tanto amor e carinho fomos construído – mas, por vezes, acredito que temos que nos adaptar e aceitar as circunstâncias, fazendo aquilo que achamos melhor para os nossos bebés e, também para nós. Aquilo que funciona, enquanto família. E isso, nem sempre tem de ser o que é ideal e socialmente aconselhado e aceite.
Acredito nos benefícios que o co-sleeping pode trazer, de forma profunda, facilitando bastante todo o processo de sono (sobretudo para quem amamenta). Acredito ainda que, é natural um bebé poder dormir com a sua Mãe. Muitas vezes, estou desejosa que chegue a tão esperada noite de sono completo, de poder viajar e ter tempo para estar com o meu marido ou simplesmente poder ver um filme ou não fazer rigorosamente nada e, finalmente, deixar de usar «lingerie de amamentação» mas, ao mesmo tempo, sei que tenho a vida toda pela frente e que esta é uma fase (apesar de não parecer, curta) que quero aproveitar da melhor maneira com o meu bebé.
Do I co-sleep? No. My kid co-sleeps. I co-lay-awake and get kicked in the spleen.
Algumas da razões para praticar o co-sleeping:
Breathing Regulation: ajuda a regular a respiração do bebé.
Pacifying: ajuda a tranquilizar qualquer desconforto que o bebé tenha de forma rápida.
Comfort: provoca uma sensação de conforto nos bebés que, frequentemente, adormecem no peito dos seus pais, dando-lhes a possibilidade de ouvir os batimentos cardíacos que os acalmam e, ajudam a dormir por mais tempo.
Healthy Heart: a presença de outra pessoa no quarto melhora a frequência cardíaca do bebé, o ritmo cardíaco e pressão arterial.
Bonding: dormir com o bebé é um tempo precioso que estimula a proximidade.
Happy Bedtimes: o bebé irá associar conotações positivas à hora de adormecer.
Sweeter Mornings: acordar com o bebé, com o seu cheiro e presença logo de manhã pode ser uma experiência única.
Respiration Facilitation: ao dormir perto de outra pessoa, o dióxido de carbono libertado vai estimular o bebé a respirar.
Temperature Regulation: o sobreaquecimento pode ser perigoso, contudo, ao dormir perto do bebé poderá ser feito um controlo da temperatura de forma mais frequente.
Breastfeeding: torna-se muito mais fácil amamentar o bebé durante a noite, caso tenha fome ou sede, sem que tenha de chorar muito.
Less Anxiety: a separação pode ser motivo de stress para o bebé e, também para os pais. Desta maneira, dormir ao pé do bebé pode ser tranquilizador.
Independence: contrariamente ao que se possa imaginar, dormir com a Mãe fará o bebé sentir-se mais seguro e, por isso, mais independente.
Protective: o facto de estarmos a dormir ao pé dos nossos bebés deixa-nos mais atentas a possíveis situações que, estando longe, não seria possível controlar.
It’s Free.
Por Júlia Belard
Para quem esta interessado em co-sleeping a equipa Maria do Mar recomenda o Berço Co-Sleeper da Oliver funiture que é evolutivo e encosta à cama dos pais nos primeiros meses, podendo depois ser montado como berço independente, e finalmente transformado em pequeno sofá.